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Jandaíra quer ficar – Parte 1
Uma fábula estranha de Toinho Castro — Jandaíra corria em sua bicicleta pelas ruas vazias do Recife. No pequeno aparelho de MP3 tocava em looping a musiquinha do momento, com seu infatigável refrão: Tá todo mundo morto, tá todo mundo vivo. Ela só ria da canção. Você pode imaginar Jandaíra como uma adolescente, com sua…
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Os circos do meu tempo
Texto de Toinho Castro No meu tempo os circos exibiam pedras trazidas de vários planetas em pequenas gaiolas, ao lado de fora da lona colorida, muitas vezes expostas ao sol. Havia pedras até mesmo de Júpiter, que é basicamente composto por gases. “Essas pedras flutuam, ou boiam, por assim dizer, nos gases jupiterianos, que são…
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Toinho Castro lança seu livro IMBIRIBEIRA
Nosso editor, Toinho Castro, acaba de colocar na praça seu livro Imbiribeira, uma narrativa em crônicas e poemas de um Recife muito particular, que tem no bairro da Imbiribeira seu epicentro afetivo.
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Um noite no ferro-velho de Bodoni
Sentamos eu e Ray, lado a lado, na beira do rio. Logo atrás de nós jazia um foguete abandonado, no ferro-velho do nosso amigo em comum, o sonhador Fiorello Bodoni. Da última vez que o vimos já estava doente… lá longe os foguetes, rumo a Saturno ou Vênus, riscavam o céu desde o horizonte num…
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Astronautas
A imagem não é muito boa, há sempre algum ruído e a gente sente o esforço dos dados, dos pixels, para migrar entre nós, carregando as imagens de uns para os outros. O som é sempre um pouco metálico, estranho, sempre um pouco fanhoso, porque nossos microfones e altofalantes, ou fones de ouvido, não são…